sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tipos de diabetes e as vantagens da atividade física

TIPO 1: é uma doença caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por "engano", porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena) - o que leva à necessidade de aplicação diária da substância para se manter saudável. Sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar olhos, rins, nervos ou coração.
Não se sabe ao certo porque certas pessoas desenvolvem o tipo 1. Há casos em que se nasce com genes que predispõem à doença. Pode ainda ser algo próprio do organismo ou uma causa externa, como por exemplo uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus. É mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas pode surgir em qualquer idade.
Principais sintomas: vontade de urinar diversas vezes ao dia; fome e sede freqüentes; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor.

TIPO 2: possui um fator hereditário maior que no tipo 1. Além disso, há grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos. Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Em alguns casos, necessita ainda de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
Principais Sintomas: infecções freqüentes; alteração visual (visão embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés.
(Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes)
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA
Ela é essencial para todo mundo. "Mas para o portador de diabetes, os exercícios trazem benefícios adicionais, especialmente o aumento da ação da insulina, diminuindo a glicose no sangue", diz o médico Márcio Krakauer. Com base na experiência da equipe de corrida na ADIABC, o especialista destaca ainda a motivação e a interação que a atividade proporciona. "As pessoas mudam o jeito de encarar a doença e há uma melhora visível no controle do açúcar. No grupo, um ajuda o outro", conta. Para ele, o principal cuidado que o diabético deve ter na prática esportiva é com a hipoglicemia.
As vantagens que a corrida proporciona aos portadores de diabetes podem ser divididas em dois tipos:
Imediatas, ocorrem desde o primeiro dia:
- Aumento da ação da insulina
- Aumento da captação de glicose pelo músculo
- Captação da glicose no período pós-exercícios
- Diminuição da glicose sanguínea
Tardias, se manifestam no longo prazo:
- Melhora das funções cardio-respiratórias
- Aumento da força e da resistência
- Diminuição da gordura corporal e do peso
- Redução da ansiedade
SERVIÇO
Associação dos Diabéticos do ABC (ADIABC)
Site: www.adiabc.org.br

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Bomba de Insulina


Conforme eu havia postado anteriormente, desde 22 de janeiro estou usando a bomba de insulina Spirit da Roche e estou muito satisfeito com os resultados.

O controle da glicemia melhorou muito e as variações ao longo do dia e de madrugada são cada vez menores (ainda estou na fase de "ajuste fino").

Em relação à corrida, foi preciso fazer alguns testes e ajustes, sempre de acordo com orientações médicas, do tipo: não corrigir a glicemia antes de correr e verificar quanto havia alterado depois de um determinado tempo (geralmente 30 minutos), até poder ter uma idéia do comportamento do metabolismo para saber o que e quanto ingerir para correr, em termos de carboidrato.

Estou usando um alimento chamado Glucerna (carboidrato de absorção lenta), que mantém os níveis de glicose estáveis por cerca de 45 minutos. Depois desse tempo, faço uso de um blister de carboidrato de absorção rápida (Gliinstan), de forma que consigo correr por bem mais de 01 hora sem ter hipoglicemia.

Vejo que é muito importante conhecer o seu próprio metabolismo e saber quando ingerir ou não carboidrato (como eu sou diabético há mais de 12 anos, tenho uma boa noção disso). Agora, uma coisa que me tem deixado muito animado é saber que tenho condições de, com responsabilidade, aliar uma atividade tão prazeirosa como a corrida, com o controle cada vez melhor das minhas taxas de glicose.