terça-feira, 9 de agosto de 2011

Preparação para Meia Maratona

A preparação para a minha primeira meia maratona foi de cerca de 04 meses. É bem verdade que eu já vinha correndo frequentemente, mas sempre distâncias de, no máximo, 10 ou 12km, mas encarar o desafio dos 21km tinha que ser feito com responsabilidade.
Comecei procurando uma médica especialista em bomba de insulina e encontrei uma que, acredito, não poderia ser melhor: endocrinologista com doutorado em diabetes, diabética há mais de 30 anos e usuária de bomba de insulina e lhe falei da minha intenção de correr uma prova mais longa... Minha expectativa era que ela ia dizer: coma isso, beba aquilo, no km tal consuma tal gel etc... Mas o que ela me disse foi: cada organismo se comporta de modo diferente quando submetido a esforços prolongados, como uma meia maratona, você vai ter que analisar como o seu se comporta e, durante os seus treinos, seguindo uma premissa básica: nunca treinar sem se alimentar cerca de 30min antes.
De início, foram modificados os quantitativos de minha insulina basal, o que me ajudou a perder peso e a verificar que a Glucerna que eu estava ingerindo não era o alimento mais adequado antes de uma corrida. Passei a treinar, sempre acompanhado, e, ao final, meu "esquema" de alimentação/reposição de carboidrato ficou no seguinte: uma maçã antes da corrida (para treinos no início da manhã) e um sachê de gel (G.U.)depois dos primeiros 45 minutos e, posteriormente, a cada 30 minutos.
Em relação à bomba de insulina, faço uma diminuição de 50% do basal durante a corrida e, caso o treino demore mais de 50 minutos ou for mais "puxado", aumento para 120% por 02 horas depois.
Isso pelo fato de que, durante a corrida a glicemia tende a baixar e depois, caso tenha havido esforço considerável, a tedência é subir...
Como minha meta era completar a prova, não fiquei preocupado em tempo, nem com ritmo, de forma que conclui a meia maratona - 21,1 km (21 097,5 metros) - em 02h:31min:48seg.
Cumpri, portanto, a minha meta para o ano de 2011 em relação à corrida: terminar uma prova de meia maratona! Que venham outras.
Um abraço.
BRUNO - I run on insulin.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Eu corro com insulina!

Eu já havia postado antes sobre a DESA - Diabetes Exercise and Sports Association, uma associação norte-americana que promove e incentiva a prática de esportes pelos diabéticos como forma de melhorar sua qualidade de vida.
Tentei adquirir uma camiseta, tanto para ajudar no desenvolvimento da atividade, quanto para, eu mesmo, incentivar outros diabéticos a praticar atividade física, mas não consegui, pois a postagem seria para o Brasil e não obtive resposta da DESA quanto a esta possibilidade.
Assim, peguei algumas camisas minhas e mandei pintar a frase I RUN ON INSULIN...
A que eu corri a Meia Maratona do Rio tinha essa pintura nas costas e foi muito bacana ver as pessoas me cumprimentando pela iniciativa e me incentivando a continuar na corrida (isso é muito importante quando você vem correndo há quase duas horas... rs)
A verdade é que se nós, diabéticos, podemos fazer tudo, ou qualquer coisa, desde que com responsabilidade e em se tratando de atividade física só temos a ganhar!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Alimentação antes dos treinos

Uma das coisas que eu alterei na minha rotina de treinos, de uns tempos pra cá e me trouxe um resultado muito bom foi a questão da alimentação. Eu estava usando um carboidrato de absorção lenta (Glucerna SR) e achava que estava dando certo, mas a verdade é que as doses de insulina basal que estavam programadas na bomba de insulina estavam muito altas e isso fazia com que eu achasse que a corrida estava "queimando" esses carboidratos... ledo engano!
Fazendo a correção dos valores de insulina basal (diminuiram consideravelmente), eu pude perceber que para o diabético a corrida altera de duas formas a glicemia: durante o exercício, se a intensidade for baixa ou moderada, a glicemia desce, se a intensidade for alta a glicemia sobe (mas não muito). Depois da corrida - por mais incrível que pareça - a glicemia sobe (não imediatamente, mas após algum tempo).
Portanto, aquele carboidrato de ação lenta que eu consumia ia ser liberado no final da corrida e, juntamente com o aumento natural da glicemia após o esforço prolongado (depois de 45 minutos de corrida), os níveis de glicose subiam muito...
Por orientação da minha endocrinologista, passei a fazer duas alterações nos basais da bomba de insulina: durante a corrida: 50% da dose de basal e depois da corrida 120%. 
Em matéria de alimentação, uma fruta com casca: maçã, pêra, etc e se houver necessidade de correção, utilizo apenas 50% da insulina necessária, deixando, sempre, a glicemia em torno de 140mmg/dll.
Um dos meus treinos, para a Meia Maratona, de 18km eu saí com glicemia de 145mmg/dll e depois de 02 horas de corrida, estava em 117mmg/dll... Na chegada, um gatorade para repor os sais e ajudar a subir um pouco a glicemia e ajuste da bomba para 120%... 02 horas depois, a glicemia estava em 90mmg/dll, no pré-prandial do almoço... Controle é TUDO! 

De volta

Inicialmente, peço desculpas pela longa ausência de posts, mas é que eu andava tão ocupado com várias coisas que, efetivamente, não estava com tempo de parar na frente do computador para atualizar o blog...
Mas isso agora ficou para trás. Tenho muitas novidades: mudança de alimentação nos treinos, alterações dos perfis basais durante e após as corridas e a superação de um grande desafio que foi correr a Meia Maratona do Rio de Janeiro.
Tudo isso será postado e, agora, sem grande interrupções (espero).
Um abraço a todos.
Bruno
I run on insulin