segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Corrida Natalina - expectativas e frustrações (hipoglicemia)

A XI corrida natalina foi minha primeira prova de 10k, muito embora eu já tivesse corrido essa distância em treinos, com tempo em torno de 1h10min. Assim, eu esperava manter essa meta.
Uma contusão sentida cerca de uns 30 dias antes (tendinite) atrapalhou um pouco o treino, mas eu achava que conseguiria fazer um tempo razoável.
Nos treinos anteriores a rotina era: verificar a glicemia e fazer o ajuste para deixar em torno de 110mg/dll e comer banana machucada com granola, extrato de soja, linhaça e mel, o que seria suficiente para uma corrida de 1h30min.
Almocei por volta das 14hs, comi carne, macarrão e macaxeira cozida, carboidratos de absorção lenta e regulei minha glicemia para ficar em torno de 180mg/dl, não comendo a mistura banana-granola.
Fui para a prova, levando meus inseparáveis blisters de glicose.
A largada foi às 16hs. Os primeiros 4k foram tranquilos e eu estava fazendo uma média de 6min/km, o que me mantinha animado em fechar os 1ok um pouco abaixo de 1:10.
Porém, antes de terminar a primeira volta de 5k eu comecei a sentir um desgaste maior do que o esperado e meus batimentos cardíacos subiram muito. Imaginei que era o resultado do último mês treinando com baixa intensidade por causa da contusão. No km 6 comecei a notar os sintomas da hipogicemia: batimento cardíaco mais elevado e cansaço.
Havia equipes médicas a cada km e eu me senti seguro de continuar (a prova estava muito organizada).
Recorri aos blisters de glicose: foram 02, o que elevaria minha glicemia em, pelo menos 80mg/dl... A esta altura, minha meta de baixar de 1:10 o tempo da prova tinha ido pro bebeléu...
Consumida a glicose e depois de caminhar por alguns trechos, decidi que tentaria completar a prova, não importando o tempo e, logicamente, desde que não houvesse maiores riscos. Eu sabia que podia terminar e que a hipoglicemia havia passado.
Continuei a prova num ritmo muito mais lento e concluí os 1ok no tempo de 01:18:00.
O fato de ser diabético há 12 anos me ajudou, pois sabia que teria condições de terminar a prova, sem correr riscos maiores, porém, ficou a frustração quanto ao tempo ruim, mas, acima de tudo, restou a lição e o respeito. Lição: nunca, nunca, deixar de se programar para a realização de qualquer atividade física. Respeito: sempre, sempre respeitar os limites do seu corpo, com suas fragilidades.

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